Biografia

Nasci em Portugal, na madrugada de um 27 de novembro, num hospital de Marinha, na base naval do Alfeite, em que o meu avô marinheiro prestava serviço. No primeiro caderno da escola, escrevi quero ser artista de televisão  certamente eu ainda não havia aprendido a palavra atriz.

Estudei Teatro e, antes disso, Tradução Literária e, antes disso, Direito e, antes disso, Flamenco e Ballet. Sou atriz e poeta, e trabalho também como editora, revisora e tradutora literária.

Recebi o Prêmio de Melhor Atriz do Festival de Teatro do Rio de Janeiro em 2012 e duas indicações de Melhor Atriz no mesmo festival e no Festival Internacional de Cinema de Madrid em 2015. Tenho publicados dois livros de poesia, contos em revistas e coletâneas e dois romances traduzidos do romeno para o português de Portugal e do Brasil.

Sou parte da lezíria (do Ribatejo) e parte da serra (da Estrela, na Beira Baixa). Vivi e estudei em Santarém e Lisboa (Portugal), Bucareste (Romênia) e, desde 2010, no Rio de Janeiro (Brasil).




VIDA ARTÍSTICA
Sou formada em Teatro pela Companhia de Teatro Contemporâneo do Rio de Janeiro, em Flamenco pela Xuventude de Galicia em Lisboa e em Ballet Clássico pela Royal Academy of Dance.

Minha formação e experiência artísticas, nas áreas da interpretação, dança, música e canto, provêm e trazem as cores dos diferentes cenários culturais desses países por onde passei: Portugal, Romênia e Brasil.

Estudei interpretação com importantes diretores de Cinema e Televisão, como o português Nicolau Breyner, que foi o primeiro a dizer-me que sou uma atriz e que devia seguir esse caminho, e os brasileiros Marco Rodrigo e Roberto Naar.

Depois de vários cursos e laboratórios na ACT - Escola de Actores (Portugal), na NBP (Portugal), na CAL - Casa das Artes de Laranjeiras (Brasil), na Companhia de Teatro Contemporâneo (Brasil) e com Os Inomináveis Cia. de Teatro (Brasil), tive a oportunidade de me aprofundar nas técnicas teatrais da Royal Shakespeare Company com o diretor Renato Rocha. Também aprendi muito sendo assistente do diretor francês Gilles Gwizdek.

Estudei canto com a romena Despina Oproiu e voz cênica com a russa Elena Gaissionok.


Depois de trabalhar com várias companhias teatrais no Rio de Janeiro, fundei o grupo teatral Trupe Intacta Retina, com o qual montei "Hamlet 2012" (com tradução, adaptação, direção assistente e produção minhas), o movimento Teatro Encantado, direcionado para a infância, e a companhia Revoada Cia. D' Arte, com a qual montei a peça inédita "Quenga! Quenga! Quenga!", de Segundo Torres.

Recebi 
Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro do Rio de Janeiro 2012, por minha atuação como Hamlet, em "Hamlet 2012", peça de William Shakespeare (indicada como Melhor Espetáculo no mesmo Festival).

Em 2014, atuo na peça "Anônimas", com direção de Roberto Naar, apresentada simultaneamente no Teatro do Jockey e no Midrash Centro Cultural, no Rio de Janeiro.

Em 2015, fui indicada Melhor Atriz em Curta-Metragem no Madrid International Film Festival pelo filme "A Dívida", e indicada Melhor Atriz no Festival de Teatro do Rio de Janeiro interpretando a Quenga de "Quenga! Quenga! Quenga!".

Em 2017, estreio meu espetáculo autoral "Contando Fados", sucesso de público no Midrash Centro Cultural, onde fiquei seis meses em cartaz, e gravo a série "Baile de Máscaras", com direção de Flávio Tambellini.

Ainda em 2017, depois de me ver em cena no "Contando Fados", a poeta Joana Hime convidou-me para participar da gravação da faixa-título do disco com poemas do seu livro "Entreventos" musicados por Francis Hime, um lançamento da Biscoito Fino em 2020. O videoclipe com Joana e eu cantando "Entreventos" está aqui.

Em 2018, atuo no espetáculo musical "Era Pra Ser Uma Vez" no Teatro Clara Nunes da Gávea, no Rio de Janeiro.

Em 2019, realizo os espetáculos "outono azul a sul / solo poético" e "outono azul a sul / jam poetry sessions" respectivamente no Sesc Palladium, em Belo Horizonte, e no Midrash Centro Cultural, no Rio de Janeiro.

Em 2020, primeiro ano pandêmico, realizo o espetáculo quarentenado "portuguesia / jam poetry session live" e apresento o programa de poesia "ainda somos muito novos para escrever estes poemas", ambos nos canais virtuais do Midrash Centro Cultural. Também interpreto Clarice Lispector em três filmes-cartas roteirizados e produzidos por mim a convite do Festival Literário do SESC 2020.

Em 2022, inicio a produção da peça "Me Chamam de Karen", adaptação teatral minha do romance "Karen" de Ana Teresa Pereira. A encenação terá a direção de Fernando Philbert. Entretanto, gravo uma participação no primeiro episódio da novela "Travessia", de Glória Perez, direção de Mauro Mendonça Filho, para a TV Globo.


Na área da dança, tenho formação em Ballet Clássico, que estudei, durante doze anos, sob a metodologia e com os exames e diplomas da Royal Academy of Dance (Reino Unido), na Companhia de Dança de Almada (Portugal), com Maria Franco, e na Academia de Dança do Círculo Cultural Scalabitano (Portugal), com São Noronha e Vítor Murta.
Em seguida, por oito anos, estudei Flamenco na Xuventude de Galicia (Portugal), com a espanhola Maria José Navarro e a portuguesa Mabel Afonso, e ainda, durante minha residência na Romênia, com a bailaora espanhola Rosa Olympia Estrella. Durante vinte anos, apresentei-me em dezenas de espetáculos ao vivo, como bailarina clássica e bailarina de Flamenco. Já no Rio de Janeiro, resgatei o estudo da Dança Flamenca no Rio de Janeiro, com a hispano-argentina Irene Alonso (La Pasionaria).

Além do Ballet e do Flamenco, participei de diversos cursos e festivais experimentando os mais variados gêneros de dança, desde Danças Sociais e de Salão a Danças do Mundo: folclóricas, afro, orientais e ciganas.


Escrevo poesia, tenho dois livros publicados. Poetintimamente, uso o nome calí boreaz.


VIDA PRÉ-TRAVESSIA
Formada em Direito pela Universidade de Lisboa (Portugal), com residência de um ano na Universidade de Bucareste (Romênia), e pós-graduada em Direito e Imigração pela Universidade Católica Portuguesa, trabalhei, por quatro anos, como jurista no Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural, instituto do Governo Português  até largar tudo para atravessar o Atlântico, símbolo geográfico da travessia também para os caminhos da arte.

Formada em Língua e Literatura Romena pela Universidade de Bucareste (Romênia) e em Tradução Literária pelo Instituto Cultural Romeno, tenho como trabalhos mais significativos uma tradução do inglês e adaptação inédita de "Hamlet", de W. Shakespeare, que se encontra registrada na Biblioteca Nacional Brasileira sob o título "Hamlet  A Humana Tragédia" e que encenei e protagonizei no Rio de Janeiro sob o título "Hamlet 2012", bem como as traduções de dois romances romenos contemporâneos: "O Regresso do Hooligan", de Norman Manea, publicada pela Editora Asa (Portugal) e "Lisboa Para Sempre", de Mihai Zamfir, publicada pela Editora Thesaurus (Brasil).


Vá ser bancário, doutor, diplomata, enfim, agora se morrer porque não está fazendo isso, se adoecer,
se ficar em tal desasossego que não tem nem como dormir, aí volte.
FERNANDA MONTENEGRO
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